pq shoras, chatgpt?

essa semana o encontro mensal que tenho com minhas ex-alunas e ex-clientes serviu pra gente compartilhar nossas primeiras experiências usando o chatGPT como um "estagiário adolescente" (mais rápido e mais esperto, mas que ainda precisa de guiança kkkkk) — e o grupo de 62 juntas lá no ao vivo saiu com duas grandessíssimas sensações:

1) a de que o assistente de inteligência artificial funciona menos maluco na medida em que a gente abastece o bichinho com nossos próprios parâmetros -de palavras e ideias-chave, de tom de voz, de referências, de expectativas

2) e a sensação de que ele é meio e nunca fim: pesquisar, enumerar, identificar características e potenciais espaços de aperfeiçoamento, corrigir, organizar, re-formatar, traduzir, resumir... é tudo massa, mas a inteligência humana é o que complementa a artificial com criatividade, bom humor, jogo de cintura, percepções sutis (que impactam demais no relacionamento que toda comunicação produzida gera!) e com um arremate que é só nosso, é só de gente!

mas não qualquer gente — gente tipo a gente aqui :) que prestenção em si mesma, que se propõe a se observar, se estudar, tomar conta de si e de como flui pela vida. michell, meu amigo futurista, diz há tempos que tudo que acontece fora das nossas mentes é mediado por tecnologia -garfo é tecnologia, sapato também, cadeira também...- e que funcionar assim 'aumentadas' por essas tecnologias é caminho sem volta. e black alien canta que 'não tem como saber sem ir' ;-) concordo demais que tem que testar, experimentar, fazer na prática, pra assim aprender e confirmar

workshop de identidade & presença online→

quando eu comecei a organizar sistema de comunicação pra estar na internet e ainda dar conta do meu trabalho, qualquer postagem construía identidade, tudo muito novo e sem referência. agora, eu -que sempre trabalhei com muuuita cliente/aluna de atuação profissional autônoma- tenho recebido mais e mais demandantes CLTzinhas, querendo cuidar da própria auto-expressão lá mesmo no linkedin delas. tá todo mundo tentando não se sentir fingida ou uma farsa, querendo se expressar de um jeito que minimamente dê satisfação -enquanto faz acontecer, trocando o pneu com o carro andando, compartilhando o gerúndio da vida em movimento -não tem (só) a ver com botar o negócio pra jogo, fazer o dinheiro chegar; me parece que agora tem a ver com se reconhecer em autenticidade, ter confiança na própria apresentação -confiando que todo recurso e todo relacionamento vem daí!

(que ce acha?)

fico achando que faz toda diferença a gente entender singularidades (próprias, das outras pessoas, dos nossos trabalhos e ambientes); e que isso só funciona se a gente abraça o que tem de mais humano, se reconquista nossa essência complexa, não-linear, confusa, incompleta, imperfeita. chatGPT é feito pra descomplicar, a gente é ultra complicada (todas nóis, que eu sei que só tem doida aqui); algoritmo é feito pra engajar e manter atenção presa sem sair do lugar até alienar, a gente é 150% feita pra seduzir, ajudar, agradar, conversar, se relacionar, compartilhar, criar coisas junto.

(acho também que, por isso mesmo, a gente tem se perdido nas nossas escolhas de comunicação pessoal -nossos temas, nossas palavras, nossos formatos e principalmente nossos ritmos tão zuados na comparação com a performance demandada pelas máquinas, nénão?)

então chatGPT potencializa sim, a partir dos nossos próprios parâmetros, com algum adianto de serviço de estagiário. mas a gente é quem tem que saber o que quer/como fazer acontecer e se botar na experiência! com disposição e energia pra exercitar o próprio discurso, com flexibilidade pra lidar com toda doideira e mudança e ajuste que aparecer no caminho (vai aparecer! e vai passar :), tudo entre serumaninhos, de pessoa pra pessoas! e aí, de repente, a gente não só se reconhece mas também vai colhendo resultados pr'além de feedback (que esse das redes sociais é de mentirinha, viu!) -em forma de mais emails pedindo orçamento, mais gente interessante se aproximando pra colaborar, mais clientes que tem a nossa cara :)

que estudar e querer cuidar de identidade & presença online só serve se botar a gente vivendo uma vida real-presencial mais maneira <3 com olho no olho e abraço, de preferência — pq shoras, chaGPT? rs

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