compartilhar ação pra sentir junto

de 2023 pra cá experimentei na vida real as mágicas de emicida, liniker, djavan, paul mccartney, tim bernardes, FBC (um grande favorito!), bell marques (e agora sou chicleteira rs), carlinhos brown, simone, gil e caetano, mano brown, baiana system, ney matogrosso — e em todas essas apresentações dá pra sacar um universo (visual e de palavras!) de identidades próprias, autênticas… mas o que mais me pega ainda é a ação, o movimento, o gerúndio das coisas se desenrolando na nossa frente, a gente participando enquanto a ideia ganha vida e se materializa em experiência. meudeusdocéu que coisa BONITA é ver um outro serumano fazendo, se realizando no que oferece como entrega, como atuação profissional <3 e se sentir parte, sentir junto!

workshop de id & presença online

saio toda vez pensando que se eu me sinto assim, mais gente deve sentir também; e que o melhor jeito de apresentar o que a gente faz (e convidar as pessoas a se envolverem) é fazendo — mais do que só falando. nem sempre dá, por isso mesmo seria bom demais que a gente tivesse nossas apresentações/apresentações do nosso trabalho na ponta da língua, nas nossas escolhas de vestir, nos nossos sites e portfolios de linkedin… pra dar uma cara confiante ao que a gente eventualmente compartilha enquanto acontece, pra gente ir treinando contar nossas histórias ao mesmo tempo em que se enxerga nelas. até que quem tá em volta da gente entenda como a gente tem intenção de ser entendida, e ajude a espalhar a nossa palavra, e mais gente que tem tudo a ver queira se conectar com a gente — pra seguir em troca, no relacionamento que vem daí, em conversas que aperfeiçoam o nosso próprio discurso enquanto distribuem nossas ideias.

call me ingênua mas, por mais que a gente reclame, cuidar da própria presença online pode ser um super exercício de autoconhecimento desse jeito: é pra lembrar que internet é mais que rede social e que a gente circula o tempo todo entre serumanos, e não entre telas. nossos ‘ao vivos’ offline podem (deveriam!) ser nossas melhores pautas, e convidar geral pra ver a mágica acontecendo pode ser fascinante! a gente já tem um universo visual escolhido (nas nossas roupas, nas nossas decorações e materiais de trabalho) e já vem usando palavras que são chave pras nossas narrativas — fico achando que falta é mapear, esmiuçar significados e propósitos, botar no papel, rascunhar plano pra construir consistência -com espaço pra espontaneidade, pro improviso, pra alguma alegria nisso que pode ser encontro :)

tem dois exercícios que proponho em todos os meus trabalhos (tem nova turma de workshop pós-carnaval, formato novo, valor novo -vamo?), pra entender nossas palavras-chave e pra se conscientizar dos elementos visuais da nossa identidade:

_pega pra escrever sobre você, sobre o trabalho, sobre a sua trajetória na vida, sobre o que é importante e o que te motiva -escreve livre e muuuito, e depois volta no escrito pra destacar as palavras que mais se repetem ou as que tem parecem as que mais te representam

_fotografa/filma a própria vida durante uns 3-4 dias, documentando os espaços em que ce circula, os caminhos que faz, o que tá comendo, com quem tá encontrando, o que tá vestindo, o que tá lendo, no que tá trabalhando… e aí junta essas imagens como num mural pra procurar repetições de cores, formas, objetos ou jeitos de enquadrar/compor as imagens

essa primeira parte dos exercícios é pra enxergar identidade, a segunda é sistematizar pra usar: com esse material dá pra se propor em toda conversa/em qualquer tema usar as nossas palavras, e em tudo que a gente puder organizar nossas representações visuais com as nossas cores, os nossos detalhes mais autênticos, o nosso jeitinho. bom de praticar em postagens de rede social, comentários nos conteúdos que a gente consome, composição do próprio look, decoração do nosso espaço de trabalho — e um spoiler: pra cada uma de nós vai ter um jeito!

seguimos no treino de fundamentar comunicação nesse compartilhar de gerúndio: a gente se sentindo parte do fazer umas das outras, sentindo junto! -mas né, com palavras próprias, com a própria cara, se reconhecendo e administrando fôlego pra se cuidar e ter energia; que é nisso que as conexões acontecem e que as ideias ganham vida, é nisso que a gente se encontra pra colaborar e crescer \o/ vamo encontrar?

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