um futuro (um presente!) tecnológico possível, de gente pra gente

acompanhei a fofoca da demissão/re-contratação na empresa do chatGPT igual novela, maratonando os capítulos resignada que -diante da possibilidade de um futuro humanístico pro uso da tecnologia- o capitalismo venceu (de novo). e quanto mais treta de tecnologia tem, mais fico achando que é pra gente ser tãaao gente quanto der! e conseguir relembrar/reconquistar nossos atributos mais humanos como antídoto pra tanta trapalhada de big techs e algoritmos e des-inteligência artificial: se a realidade já vem consumindo a gente nesse tanto, imagina a realidade aumentada kkkkkk

e não sou só eu! os fulanos das big techs tão botando o maior dinheiro em ferramentas e canais de comunidade, de contato direto, de relacionamento: o investimento da meta tá indo muuuito pra aperfeitçar o whatsapp, o (app de newsletter) substack cresceu 157% esse ano (!!!) — a gente faz tanto auê por conta de algoritmo e a vai deixando de botar energia no que já sabe fazer, na conversa! pensando numa comunicação pra quem já tem contexto com a gente, já tá colada na nossa <3 que algoritmo bota a gente conectada com ideias muitíssimo neoliberais de produtividade, performance, de excesso… mas nossas identidades -disponibilizadas em forma de presença online- tem o maior potencial pra gente treinar se apresentar e falar com interessância dos nossos trabalhos, pra exercitar nossas sinapses conectando nossos temas com os temas das outras pessoas, pra gente organizar as próprias ideias e se ouvir, se reconhecer, se desenrolar do online pro offline

(até porque deu numa pesquisa que o povo -quando quer comprar- confia beeem mais em indicação boca a boca do que em sugestão de rede social, viu)

planejamento pras 4 estações de 2024

nessas, se o futuro é mesmo ancestral (igual o professor ailton krenak ensina), o email tá aí desde sempre né! e me parece que email não só abre portas pra conversa, mas faz isso num ritmo e numa profundidade que tem mais a ver com a nossa humanidade: gente não dá conta de taaanta coisa tão rasa tudo ao mesmo tempo em todo lugar -não é do nada que tamos todas empapuçadas de rede social

eu mesma -influenciada por edu meu namorado 🥰- tenho conseguido ler mais newsletters e venho percebendo que, quando passo um tempo rolando feed aleatoriamente na rede social, me sinto perdendo tempo (injuriada!); e quando consigo me dedicar à leitura dessas news, me sinto aprendendo, e fico me achando mais inteligente, mais interessante, mais comprometida comigo mesma e com meu crescimento -não é assim aí também? ouvi num podcast o ezra klein dizer que os formatos de comunicação que a gente consome tão moldando as nossas conversas até quando a gente não tá na internet -e quero muito mais conversar pensar trocar em “formato newsletter” do que tagarelar vazio em “"formato rede social”!

mas conversa não é palestrinha, precisa de interlocução. e relacionamento massa começa com a gente sabendo quem é, o que tem pra oferecer e trocar, como quer se disponibilizar pras conexões que vão render essas conversas -essa clareza tem um tanto a ver com limites, com escolhas autênticas, com a gente conseguir fazer menos pra fazer melhor (e de acordo com nossos próprios parâmetros) -falei quase 1 hora sobre isso com meu grupo de alunas & clientes no início de novembro, num encontro intiminho que ficou gravado e que disponibilizo aqui como presente de fim de ano pra essa nossa comunidade blogueirística-newsletterística <3

to terminando esse ano muito convencida de que um grande reconhecimento da gente mesma (em forma de identidade) tá em como a gente se veste, como fala da gente mesma e da própria vida, quão à vontade se sente pra responder pergunta sobre nossos trabalhos e nossos jeitos de construir experiência humana -e um taaaaanto desse exercício de reconhecimento tá colocado em presença online né. vou me apegando mais e mais à ideia de fazer essa internet acontecer com clareza de ritmo próprio, de vontade própria, pra se conectar mais com gente do que com número. pra gente permanecer conversando, trocando, crescendo juntas -tentando encontrar sentido nesse hospício que é o nosso mundo, no nosso tempo. tentando também trazer pro nosso presente a utopia da possibilidade de usos humanísticos das tecnologias ;-)

quem sabe puxando nossas conversas mais benéficas, com menos algoritmo e mais relacionamento de gente com gente, seja possível a gente se sentir menos obrigada, menos sobrecarregada -e mais usufruindo do milagre que é participar de uma rede mundial de computadores “pilotados” por outros serumanos com tanta percepção massa, tanta sabedoria, tanta esperteza já sendo compartilhada <3

#ainternetéomeupaís #aquiéruimmasébom

quero conseguir! e desejo que em 2024 a gente consiga, que todas consigam!

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Seja o que for, o modo de contar sua história on-line faz toda a diferença.
— Fonte da citação
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