uma fórmula pra construção de narrativas

compartilho essa formulinha contexto-conexão-aplicação em todas as consultorias e workshops que ofereço, especialmente porque nossas presenças online tão demandando que a gente aprenda novos jeitos de pensar, estruturar e compartilhar nossas ideias -e o que a gente vem praticando na internet tem impactado todas as nossas conversas também fora da rede mundial, né!

workshop de comunicação pessoal →

esses novos jeitos tem a ver com buscar alguma coerência, alguma consistência nas nossas linguagens visual e de palavra, com equivalência ou complementaridade entre as imagens que a gente escolhe pra ilustrar nossas ideias e as palavras-chave que a gente usa frequentemente pra falar dos nossos temas (isso inclui a nossa própria imagem, os nossos espaços, nossos materiais… e não só fotos e vídeos de rede social ;-); tem a ver também com enxugar nossas narrativas, tirar excedentes pra não sobrecarregar a atenção já tão rara-escassa que a gente mesma tem colocado em tudo :| num movimento de essencializar, simplificar (sem precisar ser simplista!); acho também que um jeito meio novo de compartilhar nossas narrativas tem a ver com hierarquizar informação e falar primeiro do que é mais importante, do que é maaaaais imprescindível que se leve consigo dessa conversa, e então seguir então desdobrando com o que complementa essa ideiona.

um jeitão de botar isso tudo em prática pode ser esse com contexto-conexão-aplicação: construir nossos compartilhamentos (de postagens, de aulas, de lives, de apresentações) em 3 blocos de narrativas:

_contexto

trazer a ideia que a gente quer compartilhar pra uma luz de ponto de vista, contar porque a gente quer falar disso, porque ocorreu, de que jeito isso piscou pra gente trazer pra puxar conversa -geralmente tem a ver com o cotidiano, com a vida em gerúndio: o que a gente tá lendo, vendo, conversando (e com quem), por onde tem passado? alguma notícia do brasil ou do mundo? algum grande evento tipo olimpíadas, oscars, datas comemorativas? o que tá acontecendo pra essa ideia ter aparecido, pra gente ter achado importante botar pra jogo?

_conexão

depois de contextualizar, pode ser muito legal conectar essa com oooutras ideias, pra que essa primeira cresça pr’além dela mesma e ganhe novas luzes, novos jeitos de olhar, novos entendimentos. vale conectar com cultura e arte, vale citar gente que também pensou-pensa essa ideia, vale fazer relação com alguma outra matéria pra confirmar, complementar, questionar ou reforçar essa ideia: pode muito ter a ver com o nosso trabalho, com as habilidades e forças e diferenciais com que a gente executa esse trabalho, nossos produtos e serviços ou insights que a gente vem tendo no trabalho -acho, inclusive, que esse é um jeito muito valoroso de vender sem vender ;-)

_aplicação

aí é a gente pensar/orientar a conversa pra experiência, pra vivência! que sensações, emoções, comportamentos e movimentos essa ideia que a gente traz pro game pode provocar, pode fazer acontecer, de que jeito pode ser vivida na própria pele -de que jeito todo mundo que se engaja nessa nossa conversa pode pegar pra si essa ideia, pode trazer pro próprio universo particular? tem livro pra ler a mais, tem filme pra ver e desenrolar o raciocínio? alguma música que faça a gente sentir isso, tem algum exercício, alguma troca possível, alguma construção pra prática?

e, a partir daí, a conversa tá aberta pra troca, pra colaboração! a gente se disponibiliza no nosso melhor e abre espaço pra se conectar, criar coisas junto, crescer, brilhar :)

acredito demais que esse formato de construção de narrativas bota a gente capaz de falar de qual-quer tema do nosso jeitinho, trazendo novas abordagens ou novas apreciações das mesmas coisas. acho inclusive que dá pra re-experimentar ideias antigas com essa construção, fazendo acontecer evolução, desdobramento, benefício :) pra gente mesma, que exercita palavras-chave e potência de versatilização de ideias; mas também pra quem sente afinidade e honra nossas conversas puxadas com atenção -que né, hoje tá tão disputada.

sinto que nesse tempo de disputa de atenção a gente honra de volta o que recebe prestando também atenção ao que compartilha ;-)

pra particar junto, com plano e estratégia →

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