empacotamento de ofertas profissionais impacta diretamente na comunicação

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é parte do trabalho cuidar da própria agenda e do próprio dinheiro, tanto quanto cuidar da própria comunicação — mas é muuuito difícil terceirizar comunicação: fica complicado pedir pra alguém falar com a nossa voz, se comportar com o nosso comportamento, se apresentar com o nosso visual! comunicação pessoal tem a ver com a nossa cara, nosso jeito, com ideias tão autênticas nossas, tão de dentro da gente, tão essencialmente atreladas aos nossos valores e processos, né!

mas dá pra pedir ajuda com agenda, e dá demais pra pedir ajuda com dinheiro: tem secretárias, coaches, planejadoras/organizadoras financeiras, consultoras de negócios e elas sempre somam na nossa visão de médio/ longo prazo das nossas carreiras, pra sustentabilidade (financeira, de qualidade de vida, de satisfação pessoal) do nosso fazer profissional. quanto mais a gente implementa ritmo nesse cuidado -especialmente com
o suporte dessas ajudas- mais redondinha vai ficando a nossa vida profissional — e isso impacta diretamente no planejamento, na produção e na administração da nossa comunicação pessoal.

modelagem & comunicação de ideias →

a gente não precisa monetizar comunicação, somos profissionais das nossas áreas e não ‘produtoras de conteúdo’, não é preciso sobrepor trabalhos. dá pra comunicar -como via de autoexpressão- e encontrar aí espaço pra divulgar as nossas entregas profissionais, o nosso fazer. comunicação não vende, mas leva pra porta da loja — mas pra funcionar assim a gente precisa -antes- olhar pros nossos negócios, planejar entregas de olho em tempo e em previsão de rendimento e, só então, estrategizar jeitos de desdobrar isso em comunicação ;-) como consequência natural.

me parece bastante maluca a ideia de começar pela comunicação, e forçar uma narrativa de ‘garantias e benefícios e sucessos’ de alguma coisa que não se sustenta por si só, que não aconteceu, que não foi nem testada -isso tem mais a ver com marketing e temos visto que não se sustenta no médio-longo prazo (e que, muitas vezes, nem dá resultado algum desde o início). acredito demais -por experiência própria e pelas vivências de tantas clientes e alunas- em arrumar nossa lojinha, organizar ideias e testar o que oferece pra, então, a comunicação (online e offline!) chegar com potencial de incrementar vendas, movimentar o negócio.

assim, quanto mais a gente consegue rascunhar uma prateleira complementar de produtos/serviços possíveis, empacotando redondinho as nossas ofertas profissionais, mais e melhor a gente consegue pedir ajuda nos territórios do dinheiro e do tempo/agenda. e quanto mais afiada tá essa nossa visão do que é preciso trabalhar (e quando e em quanto tempo), melhor a gente consegue organizar uma comunicação pessoal em que seja possível fazer, também, divulgação pontual de trabalho ou campanha de vendas — num caminho fluido da estratégia → pra lista de tarefas → pra prática ;-) sem precisar ser propagandística, sem tirar da gente a vontade de viver, ainda com a nossa cara e o nosso jeitinho, com ritmo, de olho no médio-longo prazo. essa comunicação é possível!

pode ser massa começar pelo rascunho de uma lista de produtos/serviços que componham essa nossa prateleira de ofertas:
_tem chance da gente ter um fazer principal e outros periféricos, que orbitem em torno desse
_tem chance da gente ter produtos de entrada (mais baratos, alcançando mais clientes) e outros produtos mais caros, pra menos gente
_tem chance de ter produto pra PF e pra PJ
_tem também chance de ter uma mesma entrega, mas em modalidades diferentes

importante é rascunhar essa lista já medindo:

_agenda
-tempo que cada produto demanda pra ser entregue
-tempo de trabalho interno/preparo e também junto com cliente
-quando dá pra trabalhar essa prateleira (quando a gente quer ter férias, qual o movimento típico do nosso mercado no começo e no fim do ano, horários possíveis...)

_dinheiro
-que receita cada produto rende, considerando a diferença entre faturamento e custo (o que envolve de taxas, impostos, qual o nosso prolabore e o que fica de capital do negócio...)
-qual o mínimo viável de ofertas/atendimentos (e também qual o ideal e qual pode ser a previsão otimista ;-)

e esse é um trabalhão de ESCOLHAS, né! pra gente mapear onde a nossa energia vale mais: a gente é melhor em atendimentos individuais? em trabalhos com grupos? a gente ganha mais trabalhando com PF ou com PJ? em que tipos de trabalho a gente gasta menos tempo ou faz menos esforço -com rendimentos ainda satisfatórios?

hoje considero esse começo/essa prática ESSENCIAL em todos os trabalhos que ofereço — olhando pra curto-médio-longo prazo de trabalho, exercitando uma comunicação que dê gosto, que puxe conversas benéficas pra gente e pra quem se conecta, abrindo portas de colaboração e crescimento e brilho <3 pontuando essas comunicações com divulgações/promoções (vida > trabalho). e isso também pode ser métrica de sucesso: cuidar da comunicação (assim como cuidar de dinheiro e de agenda) sendo parte dos nossos trabalhos; nossos trabalhos virando carreiras e rendendo trajetórias longêvas de conhecimento e compartilhamento e alegria; essas trajetórias sendo parte da vida.

tempos atrás a ana maria braga soltou essa: “se a gente não mata um leão por dia, amanhã vão ser dois”. (se) comunicar é gostoso, a gente já faz com naturalidade, tamos evoluindo como espécie desde as cavernas até hoje na base da conversa \o/ mas confundir comunicação com divulgação de trabalho/campanha de venda tira a alegria do rolê. e cabe tudo, tem como fazer caber! mas numa conta que, antes, deixe a gente organizar e experimentar o trabalho com atenção-intenção, administrar o fluxo de tempo e dinheiro que esse trabalho movimenta… pra, só então, planejar e seguir produzindo comunicação.

pra estrategizar esse plano de prática em grupo →

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