democracia e plataformas digitais


toda uma discussão acontecendo entre governo, academia/juristas e corporações pra atualizar o artigo 19 do marco civil da internet -esse conjunto de orientações e usos possíveis da rede mundial de acordo com o que, aqui no brasil, a gente entende como razoável (acontece que esse razoável foi pro espaço depois de 8 de janeiro, daí a discussão de agora). dias atrás acompanhei na USP um dia inteiro desse debate e ouvi o ministro alexandre de moraes, professores da faculdade de direito, representantes das corporações meta, tiktok, youtube (e mais) sobre desinformação e liberdades pra -com orientação legal e com limites- modelar espaços de construção de diálogo nas redes sociais (se te interessar, o conteúdo desse dia tá todo disponível no youtubes- pra ser menos rígida, menos artificial, menos “doninhas da verdade”, menos palestrinha, menos fantasiosa de ~audiências~ e, principalmente, menos propagandísticas (eu acho!). que quando a gente larga esses atributos pra lá, a gente reconquista alguma humanidade e passa a fluir pela espontaneidade, pela abertura, pra conversa e pra troca, pra gostosura. (impactada demais, revi tudo no youtube depois, em casa, e pensei muito nessa frase do leminski que diz “espero que todos se divirtam, não há muito mais a fazer”)

saí da USP convicta de que (enquanto a gente tá aqui) nossa maior responsabilidade é com o nosso próprio bem-estar: proteger esse que é pra ser o nosso estado natural, cultivar criatividade, se disponibilizar no nosso melhor pra colaborar (contrário de se comparar!), criar coisas juntas (contrário de competir!), crescer, brilhar. nesse meio de caminho tamos todas trabalhando AND precisando falar dos nossos trabalhos na rede mundial -tanto quanto a gente também precisa cuidar de agenda, de dinheiro…- então, que a gente faça disso daqui (nos nossos pequenos universos, com lucidez e algum essencialismo) virar rede de conexões. é possível, eu creio!

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