cuidar da identidade pra contar nossas próprias histórias

“uma coisa é cair e ouvir as risadas das pessoas; outra coisa é contar que caiu e ser quem dá as risadas” — ouvi da nora ephron num documentário e nunca esqueci: ISSO é comunicação, mas é sobre uma comunicação de atenção e comprometimento com a gente ANTES MESMO de sair em forma de narrativa/conversa/trabalho, antes de encontrar interlocução!

aprendi uns anos atrás que dá pra planejar a vida alinhando nossa energia com as potencialidades das estações do ano -nisso, inverno é tempo de hibernar, né? a gente que não é herdeira pode interpretar essa hibernação como tempo pra se revisar, reorganizar, juntar força pra dar conta da primavera que vem logo antes do verão (tempos tão mais “pra fora”). por aqui, tenho feito força pra abrir esse espaço-nesse tempo, em conexão e colaboração com quem me ajuda a estruturar melhor o trabalho, a criar coisas novas junto, a servir de espelho pra que eu me veja melhor e, assim, conseguir me disponibilizar no meu melhor também como espelho e ajuda.

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em comunicação pessoal eu to AMANDO pensar que inverno, na prática, pode ser a época do ano em que a gente orienta nossa energia mais pra dentro do que pra fora -mais pro institucional do que pro social: desacelerar o ritmo de puxar conversas frenéticas pra atualizar quem a gente é/quem vem sendo, e reformar ou incrementar nossos sites e perfis de linkedin, nossas bios, nossas apresentações (da gente mesma e dos nossos trabalhos), nossos portfolios e perfis de empresa no google, nossos destaques no insta, nossas descrições no whatsapp.

que uma comunicação massa é a que começa com a gente se disponibilizando no nosso melhor -torcendo pra que tenha gente em volta pra sentir afinidade, se aproximar e desenvolver familiaridade, se conectar e trocar e colaborar até que isso vire confiança —> que é o que constrói reputação. to aqui chamando de comunicação só porque (no meu trabalho) eu compartilho em forma de sistema -mas, na real, é relacionamento! e a gente tem atributo suficiente na gente mesma pra botar issdaí em prática :) é humano, a gente precisa reconquistar!

quem pede-pede-pede é o marketing, a comunicação quer oferecer e entregar (nénão?) porque pedir demais é chato e afasta, cria ranço. mas esse movimento começa na gente mesma e depende de clareza da própria identidade -pra, a partir dessa clareza, a gente contar nossas histórias e puxar nossas conversas <3 abertas pra escuta, disponíveis pra acrescentar, querendo produzir valor e benefício.

nem acho que isso vale só pra quem empreende: nossas presenças online -se a gente deixar- vão sendo moldadas nuns formatos de marketing e propaganda até quando a gente compartilha vida pessoal: a gente vive a vida e, nessa vida, cabe o trabalho -como também poderia/deveria ser nas nossas presenças online né, um tanto de vida e o tanto devido de trabalho ;-). auto-expressão saudável é fundamento de bem-estar, e dá uma super paz de espírito saber quem a gente é + do que gosta + o que a gente faz + o que quer experimentar na vida + com quem quer estar. mais ainda: a paz de espírito vem com ainda mais força quando, além de saber, a gente tem na ponta da língua isso daí pra falar!

então desejo que a gente consiga aproveitar algum pedaço de inverno pra cuidar da gente mesma nesse sentido -pra administrar nossas intenções desse jeitinho que a nora ephron conta na anedota da queda e da história da queda. e que, assim como a nossa própria natureza e como as estações, que esse exercício de revisão/atualização ganhe ritmo -pra que a gente não se sobrecarregue com acúmulo de longos tempos de negligência com a nossa própria identidade, mas que também consiga celebrar nossos avanços, conquistas e crescimento com recorrência <3

desejo conseguir, e desejo que todas consigam!

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de brinde, tenho linkinhos sobre nossas escolhas a partir de nossa própria identidade ;-) do individual com potencial pra impactar no coletivo:

_texto (em inglês -cata o google tradutor!) sobre camadas de identidade, a partir do corpo e da roupa -alcançando nossos territórios profissionais, nossas comunidades, o mundo (obrg edu <3)

_texto sobre ocupar espaços físicos a partir das nossas ideias, e como não falar das nossas ideias também impacta (obrg paula)

_um vídeo de 10mins (em inglês mas com legendas disponíveis em português) sobre como falar das nossas verdades vira movimento e muda as coisas de lugar, mesmo que seja desconfortável a princípio ou que dê medo (esse vídeo é quase um mantra, uma oração!)

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